Ok, você deve estar se questionando: mas peraí, ninguém come plástico!? Bom, não diretamente. É que há alguns anos, pesquisadores vêm desenvolvendo estudos que apontam que o Bisfenol A, substância presente nos plásticos, acaba sendo absorvido pelo organismo através do contato com os alimentos e com a boca – como pelo uso de colherzinhas usadas para alimentar as crianças e as mamadeiras de bebês.
Os cientistas dizem que por ser uma molécula super instável, o Bisfenol A passa com bastante facilidade para os alimentos, mais ainda quando há mudanças de temperatura. Isto é, recipientes de plástico com comida no congelador ou no micro-ondas não seriam a melhor opção.
De acordo com essas pesquisas, a maioria das crianças que apresentaram índices mais altos do Bisfenol A na urina eram obesas ou estavam próximas de se tornarem. Eles dizem que a substância contribui para desregular os níveis de alguns hormônios que interferem nas funções alimentares do organismo. E o problema não se limita ao aumento de peso, mas acredita-se que também pode interferir no desenvolvimento de outras doenças, como o câncer e o diabetes.
Os estudos ainda estão em andamento e leis de regulamentação ainda estão sendo formuladas, mas, até que se conheçam todas as verdadeiras consequências da combinação plástico-alimentos, o melhor mesmo é evitar o quanto der, na medida do possível. Talherizinhos e pratinhos de inox e recipientes de vidro para esquentar e congelar a comida talvez sejam uma boa escolha por enquanto.